20 de dezembro de 2010

E são tantas pessoas que encontro na vida, pessoas calmas, agitadas, preguiçosas, carinhosas, atenciosas, egoístas .. de todos os tipos. Mas são poucas as que me encantam , bem poucas. Costumo achá-las muito iguais entre si, sempre falam sobre os mesmos assuntos, vestem as mesmas roupas, se comportam do mesmo jeito .. não que essas não conseguem me atrair , não é isso , mas tem um segredo na maneira de olhar e sorrir, e de captar mensagens minhas que às vezes nem saem da minha boca que me fascina, é disso que eu tô falando , é isso na verdade que me encanta.

18 de dezembro de 2010

Sim, é tudo uma casca na verdade. Todo mundo se esconde atrás de algo,de uma cápsula, ninguém se mostra por inteiro. Todos , sem tirar nem pôr, todos mesmo, têm segredos e pensamentos que ninguém sabe, nem imagina .. não compartilham esse tipo de coisa por medo de não entenderem, de julgarem. Sempre que conhecemos pessoas novas, nos mostramos através das nossas qualidades, daquilo que temos de bom e escondemos aquela parte que tanto incomoda, tanto a nós quanto aos outros, seja por insegurança talvez. A verdade é que quanto mais tempo passamos com alguém, mais vamos descobrindo sobre ela, seus defeitos, suas manias, implicâncias, seus medos, sonhos .. mas não tanto a ponto de chegar àquele lugar que ninguém chega, que tá bem guardado, e que se for compartilhado já não vai fazer parte de sua essência, do segredo de ser o que se é.

12 de dezembro de 2010

Uma icógnita.

É, talvez seja a palavra que se encaixe em você, não por falta de palavras, não, você fala muito, o suficiente, mas pela quantidade de significados que elas têm. Não tem medo de se mostrar, não se esconde, fala a verdade. Ri dos meus desvaneios e tenta me convencer com suas opiniões. Não pergunta muito, por medo, receio, não sei, mas sabe como encantar, e essa, dentre todas, é a qualidade que mais me deslumbra. Por isso, não hesite em me procurar, nunca. Vem sempre que puder, que quiser, que precisar, vem que eu te escuto, te protejo, te cuido, te mimo, te amo.

Me pego desejando o que não posso,

o que não tenho, o que não devo. Me pego imaginando, me pego em flagrante e me assusto, disfarço, não me reconheço, nunca me conheci. Me distraio, olho pro céu, conto as estrelas, guardo-as no bolso, faço pedidos, compro doces, sinto a brisa.. sinto a pele, sinto o cheiro, sinto o calor .. e lá vou eu, desejando de novo.

É aquela inconstância constante,

o medo do acaso, não se sabe o que ela guarda. É uma rispidez ao falar de amor, talvez porque nunca tenha amado, ou amado demais. Eterna carência, uma mistura de sensações. Cheira amadeirado e doce ao mesmo tempo e não deixa transparecer o que sente muita das vezes. Ela tem medo. Ela sente dor. Ela se arrepende. Ela é igual a mim. Ela, na verdade, sou eu.

11 de dezembro de 2010

Vi um ser confuso,

estraçalhado por dentro, incontido. Estava meio embaçado, mas deu pra ver que estava meio triste, meio feliz , não tinha como saber. Seus lábios diziam uma coisa, seus olhos outra, seu corpo eu já não sabia. Me incomodei, resolvi olhar mais de perto, abri a cortina e entendi. Me deparei com um espelho.