19 de abril de 2010

Palavras de socorro!

nessa história de reprimir meus sentimentos. Juro que até havia esquecido um pouco a dor estranha em lugares estranhos. Digo, eu andava sentindo uma dor aguda em lugares que eu não sabia que eram capazes de doer. Vai ver finalmente os cientistas erraram e uma pessoa possa, sim, morrer de coração partido. As coisas estavam simplesmente seguindo seu curso, sabe? Antes, saber que tinha que diminuir tudo causava uma sensação horrível no meu peito, como se alguma coisa faltasse, como se... Eu não sei, como se tudo estivesse errado. Estupidamente errado. As únicas distrações que funcionavam, me deixavam alegres de novo, mas aí elas terminavam e acho que quase sofri de uma séria atrofia nos músculos faciais na falta de sorrisos. Sem falar que nossa relação ficou estranha, você estava desaparecendo. E continuava fugindo, o frio piorou. Mas aí eu disse umas boas verdades, foi o que eu fiz. Eu senti falta de você como amigo... isso faz algum sentido? E então tudo estava quase normal, eu consegui deixar as dores de lado, estava até feliz e idiota como sou normalmente. Mas os sonhos... Os sonhos são cruéis. Depois de talvez horas com você em um mundo onde tudo era certo, ela me acertou. A dor voltou como um tiro. Isso! Foi exatamente como um tiro. Mas foi tão estranhamente masoquista gostar daquela dor, era fato que ela estava começando a queimar e talvez destruir as artérias daquilo que se chamam de coração, mas eu não ligava. As horas com a sua voz enchendo aquele ar feliz meio distorcido dos sonhos foram tão boas. Saber que pelo menos em algum tipo de universo paralelo, você ia ser meu, era tão bom. Só meu. Embora eu tenha raiva de mim por concordar com você sobre poupar nosso sofrimento, alguma voz no fundo da minha mente gritava para ignorar os sonhos, gritava para perder esse idealismo de possessão sobre alguém. Acho que as coisas nem sempre acontecem como nos livros, certo? E eu quero dizer os livros de romance, por favor, os céticos que me poupem de comentários chulos sobre livros de suspense ou coisa assim. Talvez seja isso que me corte tanto, essa certeza de que livros são livros e a vida real é apenas a vida real. Eu sei distinguir a importância das duas coisas pra mim, mas às vezes, só às vezes, queria que estivéssemos num livro com um final bonito para nós dois, um final que fizesse as pessoas suspirarem e pedirem o mesmo. Afinal, é isso que eu faço, eu suspiro, invejando e desejando nós dois, o “nós” que somos na minha mente avoada. Não precisamos ser para sempre, sabe, para sempre é muito tempo e somos jovens, mas podíamos ter algo bonito. Eu não sei. E também não faço idéia do motivo para estar escrevendo isso. Acho que a alma sempre anseia pelo que não tem, não é? Eu não tenho você, e por isso, mais do que tudo, preciso de você. Vai entender... E não diga que entende , porque eu sei que não entende. Sou daquelas que não parece ser o que sente, e sente não parecer o que é. Eu sei mais do que ninguém que isso não é bom, de todas as vezes que me interessei por alguém, me ferrei e as vezes .. tenho o pressentimento que isso vai acontecer de novo, e de novo. Não quero, de novo não. Por mais que eu saiba de cor todas as frases prontas do mundo, eu nunca consigo dizer, não para você. E às vezes ainda tem coragem de dizer que eu não estou nem aí para você? Não inventa.
A verdade é que ninguém se importa realmente, muito menos você, que me deixou aqui, sozinha. Por que será que quando eu estou curtindo o momento, ele acaba? Por que você sempre faz a mesma coisa e simplesmente vai embora? Nunca passou pela sua cabeça que eu preciso de você comigo, para poder apenas... rir? Você me decepcionou mais uma vez, e o que é irônico é que quando você voltar de novo, eu vou te perdoar, como se nada tivesse acontecido. Deus do céu, como o coração é bobo, retardado e estúpido e ao mesmo tempo tão manipulador e forte! Eu queria poder escolher e não seguir o que ele manda pelo menos uma vez, nem que seja só uma vez. Afinal, o que faz de uma pessoa, uma pessoa, são suas escolhas, não? Então, por favor, pare de me machucar, pare de fazer com que eu me perca em paixões tão iludidas.
Por favor parem de dizer que tudo vai ficar bem, é só isso que têm em mente? Bom, vou lhes dizer o que se passa dentro de mim: não passa. Porque eu estou tão confusa a ponto de não pensar em nenhuma coisa sequer, eu já não entendo mais nada, eu já não quero entender. Eu tentei, sim, tentei, mas não consegui, algo me puxou de volta. Desculpe, mas eu vou desistir, não consigo fazer isso no meu estado, desculpe mas eu vou desistir. Quem sabe um dia, eu possa voltar a viver como era antes de te conhecer, voltar a sorrir, para apenas poder te dizer o que você fazia comigo, como você me deixava .. morta, mais morta que nunca. Como posso explicar? Você era tudo que eu precisava. Não tinha os defeitos que me assombravam e ainda cheirava muito bem. Mas isso não foi o bastante. Talvez nossa história seja literalmente daquelas vividas de longe, na lembrança e na distancia. É triste, mas é minha teoria sobre a gente, sobre o nosso destino. A culpa não é sua, acho que também não é minha. nós só nos encontramos em épocas erradas. Você queria a liberdade da juventude eu a prisão dos pensamentos. Nos afastamos sem perceber, e você sabe, quando a única coisa que une duas pessoas é o passado, não existe futuro. Aliás, eu não quero futuro .. pelo menos não junto com você!

De: Tamires Santos.
Para : Você, o assasino da minha alma.

2 comentários:

  1. gosto muito de finais dramáticos *-*
    e esse foi o seu primeiro texto que li \o

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